novembro

alguns textos são difíceis de confessar. esse eu nem queria ter que começar. mas um dia, que agora já faz muito tempo, andando pelas ruas, caí em um buraco negro.

tão fundo, profundo, e ao mesmo tempo, completamente vazio.

o que você precisa pra te preencher?

toda a minha luz, deve ser.

aquela ou aquilo que você não consegue encontrar em você.

sugou tudo o que há em mim. pra quê?

e me enche de tristeza quando não consigo te reconhecer.

quando você deixa essa luz escura cair sobre você.

e não há nada que eu possa fazer…

e logo eu, que nunca tive medo de profundidades;

presa em um buraco; afundada em sua superficialidade;

e ainda assim, rezando para ser puxada de volta para sua gravidade.

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