lágrimas de sal pelo caminho, antes de chegar. primeiro o horizonte, a avistar. de um lado, a lua; do outro, o sol; e no meio, o mar. dia de praia. tudo azul. às vezes, um mergulho é tudo o que preciso dar. dessa vez, nem senti meu corpo a queimar. eu só queria um espaço pra minha mente respirar. mas, até então, eu nunca tinha visto a lua e o sol, juntos, no mesmo céu, mesma hora, mesmo lugar (ou pelo menos ainda não tinha parado pra reparar). a coexistência de opostos, porque os dois sempre estão a se complementar— direções opostas que, inevitavelmente, a qualquer inesperado momento, vão colidir ao se cruzar. tão contraditório e difícil de acreditar, mas eu estava lá.
hoje, fui à praia de manhã e, pela primeira vez, vi a lua e o sol, bem acima das ondas do mar, pra me lembrar de que, na maioria das vezes, nós não vemos as coisas, mas elas estão lá. que nem a lua, pra mim, sempre está.